Ele nasceu no mês do leão, sua mãe uma bacante E o rei, seu pai, um conquistador tão valente Que o príncipe adolescente pensou que já nada restaria Pra, se ele chegasse a rei, conquistar por si só Mas muito cedo ele se revelou um menino extraordinário O corpo de bronze, os olhos cor de chuva e os cabelos cor de sol
Alexandre De Olímpia e Filipe o menino nasceu, mas ele aprendeu Que seu pai foi um raio que veio do céu
Ele escolheu seu cavalo por parecer indomável E pôs-lhe o nome: Bucéfalo Ao dominá-lo, para júbilo, espanto e escândalo De seu próprio pai, que contratou para seu preceptor Um sábio de Estagira Cuja cabeça ainda hoje sustenta o Ocidente O nome, Aristóteles – nome Aristóteles se repetiria Desde esses tempos até nossos tempos e além Ele ensinou o jovem Alexandre a sentir filosofia Pra que, mais que forte e valente chegasse ele a ser sábio também
Alexandre De Olímpia e Filipe o menino nasceu, mas ele aprendeu Que seu pai foi um raio que veio do céu
Ainda criança ele surpreendeu importantes visitantes Vindos como embaixadores do Império da Pérsia Pois os recebeu, na ausência de Filipe com gestos elegantes De que o rei, seu próprio pai, não seria capaz Em breve estaria ao lado de Filipe no campo de batalha E assinalaria seu nome na história entre os grandes generais
Alexandre De Olímpia e Filipe o menino nasceu, mas ele aprendeu Que seu pai foi um raio que veio do céu
Com Hefestião, seu amado Seu bem na paz e na guerra Correu em honra de Pátroclo – os dois corpos nus – Junto ao túmulo de Aquiles O herói enamorado, o amor
Na grande batalha de Queronéia, Alexandre destruía A Esquadra Sagrada de Tebas, chamada A Invencível Aos dezesseis anos, só dezesseis anos, assim já exibia Toda a amplidão da luz do seu gênio militar Olímpia incitava o menino do sol a afirmar-se Se Filipe deixava a família da mãe De outro filho dos seus se insinuar
Alexandre De Olímpia e Filipe o menino nasceu, mas ele aprendeu Que seu pai foi um raio que veio do céu
Feito rei aos vinte anos Transformou a Macedônia Que era um reino periférico, dito bárbaro Em esteio do helenismo e dos gregos, seu futuro, seu sol
O grande Alexandre, o Grande, Alexandre Conquistou o Egito e a Pérsia Fundou cidades, cortou o nó górdio, foi grande Se embriagou de poder, alto e fundo fundando o nosso mundo Foi generoso e malvado, magnânimo e cruel Casou com uma persa, misturando raças mudou-nos terra céu e mar Morreu muito moço mas antes impôs-se do Punjab a Gibraltar
Alexandre De Olímpia e Filipe o menino nasceu, mas ele aprendeu Que seu pai foi um raio que veio do céu
Compositor: Caetano Emmanuel Viana Teles Veloso (UBC)Editor: U N S (UBC)istração: Warner Chappell Edicoes Musicais Ltda (UBC)Publicado em 1997 (01/Set) e lançado em 2017 (20/Jun)ECAD verificado obra #86280 e fonograma #27215 em 11/Abr/2024 com dados da UBEM
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